A minha primeira crónica...

«Que há nesse espaço que as letras não confinam,
nem a palavra ocupa, não culpada
das suas breves, oscilantes sílabas,
responsável só ela pela completa violação dos silêncios,
pelo crisma perpétuo dos poemas,
pela pedra a pedra a organizar-se em dedos e em dentes,
a ressurgir dos ventos e dos ventres?
O que há no ritmo que os lábios prendem e libertam,
cansados da linguagem, quando as bocas
são templos vazios e as vozes, hálitos apenas,
alimentam os fundos alicerces da palavra?
O que há nessa palavra que morreu?»
António Rebordão Navarro
3 Comments:
At quarta-feira, 28 dezembro, 2005,
Unknown said…
Obrigado pela visita ao Terreiro.
Continua, mesmo que o tempo diga não ... só tens que o contrariar ... é fácil: Deixar de fazer o que tens a fazer e já está ... o blog está em dia.
Abraços.
At quarta-feira, 28 dezembro, 2005,
Zel said…
Depois de uma viagem....tão ternurenta pela minha Terrinha...aqui estou eu nas Crónicas de Ariana...e vou vir mais vezes....
At quarta-feira, 28 dezembro, 2005,
Neoarqueo said…
Obrigado pela visita ao Neoarqueo, volta sempre. Eu vou voltar
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